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Reflexões e perspectivas acerca do uso das mídias e tecnologias no contexto da Educação Física Escol

  • educacaomoverse
  • 6 de fev. de 2023
  • 3 min de leitura

| Anansa Campos |


A Educação Física é o componente curricular que tematiza na sua especificidade, a forma como nosso corpo se move, se relaciona e se constitui em suas dimensões motoras, afetivas, cognitivas, emocionais, políticas, sociais e tecnológicas, dentro e fora da escola. Nessa perspectiva, na atualidade há um espaço-tempo onde esse mesmo corpo estabelece relações que podemos chamar de mundo virtual, espaço-tempo das mídias e tecnologias onde vivemos, postamos, criamos e consumimos informações, entretenimento e comunicação: internet, mídias, plataformas, games, redes sociais entre outras.


O sistema de símbolos e sinais da linguagem virtual, midiática e das tecnologias, faz parte da rotina dos estudantes que estão na escola, seja se comunicando com os seus pares ou grupos de interesse, ou consumindo informações por meio de algoritmos que os conduzem despretensiosamente a permanecerem nesse espaço virtual.


A curiosidade dos estudantes, a forma como eles se aproximam e se apropriam atualmente das mídias e tecnologias lhes permite, mesmo que não intencionalmente, um desenvolvimento da dimensão do conhecimento do saber fazer, através da experimentação, lhes possibilitando uma construção de saberes na nesse espaço-tempo de vivência virtual.


Diante desse cenário, que tal pensarmos em uma aula de Educação Física que se proponha construir significados tomando também como ponto de partida o uso dessas mídias e tecnologias?


Essa pergunta nos remete a uma série de questionamentos:


Como construir saberes que atendam as propostas pedagógicas da escola, utilizando as ferramentas tecnológicas?


Como esses estudantes estarão conectados ao espaço destinado à aula, com o “livre acesso” às tecnologias? É possível?


Como traçar estratégias teórico-metodológicas para alcançar saberes que assegurem as competências e habilidades da educação física por meio do arcabouço tecnológico, para que o ensino seja efetivo e o estudante alcance seu objetivo sendo protagonista em seu processo educativo?


Certamente é um grande desafio responder a essas perguntas.


O cenário educacional que se desenhou a partir da pandemia da Covid-19, fez com que os professores fossem desafiados a sistematizar seu conteúdo e suas aulas a partir das ferramentas tecnológicas para manutenção do ensino/aprendizagem, e nesse sistema de aulas remotas, híbridas, síncronas ou assíncronas, todos passamos a cohabitar esse espaço-tempo do mundo virtual, imersos em mídias e tecnologias que permitem a comunicação, a interação, e diversão, abrindo caminho para que a educação encontre terreno para se ressignificar com e por meio dela.


Usufruir e proporcionar nas aulas de educação física a educação para as mídias, e a instrumentalização do professor para a educação por meio das mídias e tecnologias, faz-se necessário a partir da criação de estratégias que construam um currículo significativo e atual.

Nos remetendo mais uma vez às dimensões do conhecimento, faz-se necessário a construção intencional de planejamentos que oportunize ao estudante o desenvolvimento do saber sobre, permitindo assim uma reflexão, compreensão e análise sobre suas ações, a fim de proporcionar o desenvolvimento da autonomia do estudante na construção de saberes a partir das competências e habilidades que devem ser asseguradas na práxis pedagógica da educação física escolar.


Planejar o que se deve aprender na escola, nas aulas de educação física e como isso será feito no planejamento do professor é o ponto de partida na construção desse conhecimento, e as mídias e tecnologias devem servir de instrumentos/ferramentas para que os estudantes alcancem os objetivos planejados.


Ressalto que planejar, se apropriar e usar as ferramentas midiáticas e tecnológicas em um plano de aula é tão importante quanto saber que essas mesmas ferramentas são apenas instrumentos, ou seja, traçar estratégias teórico-metodológicas para o uso das mídias e tecnologias nas aulas de educação física requerem um planejamento que perpassa não só pelo conhecimento do uso da ferramenta, mas a apropriação do conceito de que o estudante é o fim do processo, e a tecnologia o meio e uma forma que permite ao professor “se conectar” com esse estudante que vive consumindo e produzindo mídias e tecnologias todos os dias.


Portanto, a construção de saberes motores, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais e também políticos do estudante, podem ser instrumentalizados com, e a partir do uso das mídias e tecnologias caso o professor, mediador desse conhecimento esteja disposto a ressignificar sua prática pedagógica. Dessa forma, teremos uma sistematização pedagógica da educação física na escola que construa uma relação dialética mais próxima ao estudante, proporcionando o desenvolvimento das competências e habilidades a serem desenvolvidas na educação básica.

 
 
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